terça-feira, 13 de abril de 2010

Depoimentos...

Ana Flávia

Quando pensamos nesse tema para o trabalho, a impressão que eu tinha era que o bairro iria criticar muito a chegada da Universidade, reclamando da bagunça dos estudantes. Bom, fomos fazer a pesquisa de campo e, surpreendentemente, a maioria dos moradores não reclamaram, nos disseram que a Universidade não mudou em nada na vida social deles. Teve, claro, um ou outro morador que nos disse que os estudantes eram muito bagunceiros, outro nos disse que o trânsito na Rua Oratório ficou mais intenso, mas nada além disso. Um fato que me chamou muita a atenção foi que alguns moradores também estão preocupados com o atraso das obras. Muitos deles nos disseram que quando a construção começou, o bairro passou a ter muitos ratos, e eles acreditam que quando as obras terminarem, esse tipo de problema será solucionado.


Letícia

Na minha entrevista com as pessoas da região Bangu percebi que os moradores não têm muito conhecimento sobre a faculdade, a maioria das pessoas só conhece a faculdade por fora, não sabe de nenhum projeto que a faculdade fez e também nunca entraram em suas instalações! Nessa pesquisa também percebi que a faculdade não divulga nada para sociedade.


Andressa

Eu pessoalmente adorei essa experiência de entrevistar as pessoas que moram na região, pois por se tratar da minha Universidade é bom saber que as pessoas, em sua maioria, não se sentem prejudicadas pela presença da UFABC. Eu sinceramente me surpreendi, pois imaginava que muitas pessoas iriam reclamar sobre a UFABC, e isso não ocorreu. Tomo como conclusão que alguns moradores até gostariam de participar de alguns eventos, mas por falta de divulgação não ficam sabendo.


Gustavo

Conforme entrevistei os moradores, percebi que a maioria, apesar de não conhecer as instalações nem os eventos da faculdade, gostam da presença da UFABC. Apesar do aumento do valor dos imoveis e seus alugueis na região, uma mudança drástica notada pela maioria dos moradores, o movimento trazido pelos estudantes é apreciado por aqueles que admiram a juventude. Ao falar que se tratava de uma entrevista para um trabalho sobre o impacto da Universidade na região, os moradores se interessavam em responder as perguntas, acredito que por estarem satisfeitos com a preocupação dos estudantes com o bairro. Foi bom me sentir respeitado, esperava que muitos não quisessem participar da entrevista pois acreditava que os moradores não fossem gostar de ser incomodados, o que não aconteceu.


Joyce

Ao ingressar na universidade, nós, participantes de uma comunidade acadêmica talvez não percebamos o quanto nos isolamos, formando uma espécie de gueto (palavra de origem italiana, que designa um grupo minoritário, separados por circunstâncias econômicas ou sociais). A partir de iniciativas como a que foi proposta pelo curso de Estrutura e Dinâmica Social podemos notar o quanto fazemos parte também de outra comunidade e como um gueto como o nosso interfere em outros. Em cada entrevista feita com os moradores ao redor da universidade pude notar o quanto ainda estamos distantes dos nossos vizinhos. Foi impressionante ver o que os moradores da região pensam a respeito principalmente em relação aos estudantes. Em cada entrevista fica nítida a idéia, ás vezes até errada, de que moradores de república são sinônimos de bagunça e o motivo para tirar a tranquilidade do bairro. É fato que ao fortalecermos o contato comunidade-UFABC alguns conceitos errôneos formados ao se instalar o campus no local podem ser quebrados. A partir do momento em que as pessoas se sentem mais próximas da comunidade acadêmica, mais amparadas elas se sentem e realmente estamos realizando o papel de Universidade.


Jéssica

Esse trabalho foi o mais interessante pra mim até agora. Além de tudo que já foi dito pelos outros integrantes, eu pensei por um outro lado. A idéia era constatar o nível de interação da Universidade com a população local, mas acabamos, nós mesmos, criando a interação. Quem não tinha ouvido falar da Universidade, ouviu agora. Quem achava que todos os estudantes eram bagunceiros e sem foco, nos viram focados em saber como eles se sentiam com a nossa presença, ou seja, alem de colher dados o trabalho plantou sementes. Um próximo grupo que refizer a pesquisa terá novos resultados que foram alterados, em parte, por nós mesmos, o que nos traz bastante satisfação.

Um comentário:

  1. Pessoal,
    faltaram as falas das pessoas entrevistadas e uma análise dessas falas.
    Keila

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